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Secretário-Geral do PS
Coleção constituída por documentação do Arquivo Mário Soares e por 171 documentos do Arquivo Histórico do Partido Socialista.
No que respeita a atividade do partido na legalidade encontram-se nesta coleção documentos como comunicados dos órgãos diretivos do P.S., relatórios de congressos, projeto de Constituição (1975), programas eleitorais, Internacional Socialista, entre outros.


Nota biográfica/Institucional
No dia 19 de abril de 1973, na cidade alemã de Bad Munstereifel, militantes da Acção Socialista Portuguesa (ASP), idos de Portugal e de diversos núcleos no estrangeiro, reunidos em Congresso, aprovaram a transformação da ASP em Partido Socialista.
Na sequência da transformação da ASP em Partido Socialista, foram iniciados os trabalhos de redação do respetivo programa e declaração de princípios, que foram aprovados em Paris, nos finais de agosto de 1973.
Após o 25 de Abril de 1974, o Partido Socialista conheceu um significativo crescimento, reformulando e consolidando a sua estrutura organizativa. Os seus estatutos e programas, o modo de organização e a eleição dos corpos gerentes foi evoluindo em função do debate interno no partido, bem como das conjunturas políticas. Os sucessivos Congressos do PS têm sido um dos principais instrumentos de expressão das bases partidárias e de debate de ideias e definição de linhas programáticas.
No que respeita ao papel do PS na política portuguesa do pós-25 de Abril de 1974, esta remonta ao I Governo Provisório. Mário Soares ocupou a pasta de ministro dos Negócios Estrangeiros, e outros militantes do PS tiveram também funções governativas. O partido teve representação nos II, III e IV Governos Provisórios, saindo vitorioso em 1975 nas eleições para a Assembleia Constituinte.
As primeiras eleições para a Assembleia da República, em 25 de abril de 1976, deram a vitória ao PS, situação que se repetiria nas primeiras eleições autárquicas realizadas em período constitucional, em dezembro de 1976.
O I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares, implementou uma série de importantes reformas, sendo, contudo, derrubado no parlamento, em finais de 1977, após rejeição de uma moção de confiança. Mário Soares foi ainda encarregue de formar o executivo seguinte, que resultou de um acordo entre o PS e o CDS, e que se manteve em funções até agosto de 1978, e ao qual se seguiram três governos de iniciativa presidencial.
Entre 1980 e 1983, a atividade do PS foi marcada pela oposição aos sucessivos governos da AD, uma coligação entre o PSD, o CDS e o PPM.
Nas eleições legislativas de 1983 o PS conquistou uma maioria simples, e após consulta aos seus militantes, foi formado um governo de coligação com o PSD, que ficou apelidado de “Bloco Central”. Este governo, o IX do período constitucional, chefiado por Mário Soares, durou até 1985, sendo durante a sua vigência que se preparou a entrada de Portugal na CEE.
Na sequência de desentendimentos entre ambos os partidos, o Bloco Central entrou em ruptura e o PSD venceu as eleições legislativas de outubro de 1985. O seu novo líder, Cavaco Silva, foi chamado a formar governo, renovando a sua vitória, por maioria absoluta, em 1987 e 1991.
O PS regressou ao governo em 1995, sob a liderança de António Guterres, que também venceu as eleições legislativas de 1999. Após a renúncia de Guterres, na sequência da derrota do PS nas eleições autárquicas de dezembro de 2001, o PSD voltou a sair vitorioso nas eleições seguintes.
O PS voltou a formar executivo em 2005, liderado por José Sócrates, que governou com maioria absoluta, sendo a primeira vez que tal aconteceu desde o 25 de Abril. Sócrates foi reconduzido em 2009, embora sem maioria absoluta. A grave crise económica que entretanto se instalou, ditou a sua demissão em 2011, na sequência da rejeição no parlamento do Plano de Estabilidade e Crescimento, designado de PEC IV.
As eleições legislativas de 5 de julho de 2011, acabaram por ser vencidas pelo PSD de Pedro Passos Coelho.
Desde o 25 de Abril de 1974, o PS teve igualmente dois dos seus membros eleitos para o cargo Presidente da República: Mário Soares e Jorge Sampaio. Ambos exerceram dois mandatos de cinco anos cada um, num período consecutivo de fevereiro de 1986 a março de 2006.

Estado de Tratamento
Parcialmente tratado