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07.Fotografias
Coleção que reúne fotografias pessoais de Amílcar Cabral, desde imagens familiares até à fase em que estudou em Lisboa e trabalhou como engenheiro agrónomo na Guiné-Bissau e em Angola; fotografias da II Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP), em Dar-es-Salam; e fotografias do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) relativas ao período da luta de libertação (1960-1974), cobrindo os seus diversos aspectos: a mobilização popular, o treino militar, as estruturas dirigentes, os congressos, a vida nas regiões libertadas, as atividades do secretariado e da Escola-Piloto em Conakry, e os eventos do partido no exterior.
Este nível inclui provas de diversas proveniências, entre as quais as dos fotógrafos enviados pelas agências noticiosas para fazer a cobertura da luta no interior da Guiné-Bissau e das visitas de Amílcar Cabral e outros dirigentes do PAIGC ao estrangeiro, assim como imagens de fotógrafos independentes, que acabaram por circular mundialmente e foram integrando os arquivos do PAIGC, tendo algumas delas sido utilizadas para divulgação e propaganda pelos órgãos de informação do partido. Contam-se, entre os fotógrafos da luta de libertação, os nomes de Bruna Polimeni (Itália), Istvan Bara (Hungria), Göksin Sipahioglu (França), Gilles Caron (França), Jean Hermanson (Suécia), Rolf Gustavsson (Suécia), Barbara Lyssarides (Chipre), Tadahiro Ogawa (Japão), Lennart Malmer e Ingela Romare (Suécia), Uliano Lucas (Itália), Élie Kagan (França).
O caso de Bruna Polimeni é singular, na medida em que, a partir de 1969, a fotógrafa, que já se havia cruzado com Amílcar Cabral em Accra no ano de 1965, passou a colaborar frequentemente com o PAIGC. Em 1970, permaneceu uma temporada em Conakry (hospedada na Escola Piloto), a partir de onde realizou incursões às regiões libertadas, deixando-nos um retrato das suas populações e das infra-estruturas criadas pelo PAIGC. Em agosto de 1971, Bruna Polimeni documentou a reunião do Conselho Superior da Luta, em Boké, produzindo algumas das imagens mais icónicas de Amílcar Cabral. Em setembro de 1973, já após o assassinato do líder africano, assistiu e fotografou a primeira Assembleia Nacional Popular, onde foi declarada unilateralmente a independência da República da Guiné-Bissau.
Ver também: Mikko Pyhälä > 1.Visita delegação UIE às regiões libertadas da Guiné-Bissau