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Lisboa 1948-1953
Investigação e textos
Em torno da Casa dos Estudantes do Império, Mário Pinto de Andrade e outros estudantes africanos decidem criar um grupo cultural que se materializava essencialmente por uma série de conferências, de palestras, realizadas na casa da família Espírito Santo, ao mesmo tempo que iniciam o trabalho junto do Clube Marítimo.
Présence Africaine
Em Lisboa, conhece a revista Présence Africaine, dirigida por Alioune Diop, com quem Mário Pinto de Andrade estabelece correspondência a partir de 1950. E, no ano seguinte, envia uma contribuição colectiva para um número especial da Présence Africaine, Les étudiants noirs parlent. E entre esses estudantes negros falam os da colónias portuguesas. Os artigos não estavam assinados, mas incluíam contribuições de Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Francisco José Tenreiro, Alda do Espírito Santo e a de Mário Pinto de Andrade, sobre a situação dos estudantes, sobre o problema do ensino nas colónias portuguesas - "Foi a primeira denúncia que nós fizemos da nossa situação de colonizados por Portugal".
Em 1954, é publicado o Caderno de Poesia Negra de Expressão Portuguesa, com prefácio de Mário Pinto de Andrade e uma nota final do Francisco José Tenreiro – com poemas de António Jacinto, Agostinho Neto, Noémia de Sousa, Alda do Espírito Santo, Francisco José Tenreiro, Viriato da Cruz - "Era a primeira afirmação literária da negritude em língua portuguesa e na sequência até do massacre de S. Tomé. Tinha um conteúdo de revolta contra o massacre de que tinha sido vítima a população santomense".