Incluem-se nesta secção um pequeno conjunto de documentos relacionados com Tomás da Fonseca, que foram reunidos por Alberto Pedroso. Tratam-se de cartas de Tomás da Fonseca para destinatários que não foi possível identificar e de um texto da sua autoria em homenagem a César Anjo.
Desconhece-se a forma pela qual Alberto Pedroso adquiriu estes documentos, não se identificando a sua proveniência original. Todavia, sendo Tomás da Fonseca amigo e contemporâneo de César Anjo (encontrando-se, inclusive, na documentação deste último várias cartas que Tomás da Fonseca lhe dirigiu), uma hipótese possível será a de que os documentos tenham chegado à posse de Alberto Pedroso por via das relações familiares com a família Anjo.
José Tomás da Fonseca (1877-1968) foi escritor, jornalista e professor e um dos intelectuais mais destacados do pensamento republicano.
Nasceu em Mortágua e desde cedo se evidenciou no campo político como militante republicano. Durante a I República foi deputado e senador. Esteve na oposição à ditadura de Sidónio Pais e, depois, ao Estado Novo, chegando a ser preso algumas vezes.
Da sua carreira docente, destacam-se a direcção da Escola Normal de Lisboa e da Universidade Livre de Coimbra. Integrou também o Conselho Superior de Instrução Pública.
Escreveu diversas obras de literatura, história e doutrina política, destacando-se alguns livros marcados pelo seu profundo pensamento anti-clerical. Colaborou com vários órgãos de imprensa, tendo chegado a fundar e dirigir o jornal A República Portuguesa, no dealbar da implantação do regime republicano.