O arquivo de Alberto Arons de Carvalho é constituído por diversa documentação de carácter essencialmente político.
Os documentos relativos ao período que se situa antes do 25 de Abril de 1974 abrangem temáticas diversas como a guerra colonial, o movimento estudantil entre 1969-1974, propaganda eleitoral das eleições à Assembleia Nacional de 1969 e 1973, incluindo igualmente panfletos e jornais clandestinos de organizações políticas ligadas à oposição ao regime.
O período posterior ao 25 de Abril é marcado por documentação relacionada com o Partido Socialista, do qual foi dirigente desde 1973, e a Juventude Socialista, nomeadamente propaganda de campanhas eleitorais, documentos relativos à FAUL, aos vários congressos da JS e do PS, e a iniciativas políticas promovidas pelo PS. Engloba ainda um conjunto de imprensa estrangeira, maioritariamente cópias de recortes, com noticiários sobre Portugal no período de 1974-1976.
Fundação Mário Soares e Maria BarrosoJornalista e político.
Alberto Arons Braga de Carvalho nasceu em Lisboa, a 20 de setembro de 1949. Filho de Joaquim Barradas de Carvalho e Ruth Arons.
Professor auxiliar no Departamento de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tendo-se licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1975, e obtido o doutoramento em Ciências da Comunicação na FCSH-UNL em 2009.
Foi candidato da Oposição Democrática nas eleições de 1973, tendo igualmente participado no Congresso da Oposição realizado em Aveiro nesse mesmo ano. Foi um dos fundadores do Partido Socialista, de que foi dirigente até 2002, tendo sido também um dos fundadores da Juventude Socialista.
Foi deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República de 1975 a 1983, de 1987 a 1995, e de 2002 a 2009, fazendo parte de diversas comissões parlamentares, entre as quais: a Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias, a Subcomissão de Comunicação Social e Direitos Fundamentais, e ainda a Comissão Parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública, a que presidiu entre 2008-2009.
A sua carreira esteve, desde muito cedo, ligada ao meio jornalístico e da comunicação social. Ainda estudante de Direito, Arons de Carvalho iniciou a sua colaboração como jornalista no República, onde esteve de 1973 a 1975, chegando a ser membro do respetivo Conselho de Redação. Entre 1975 e 1976, foi jornalista de A Luta. Foi membro da Comissão Consultiva para a Informação da Emissora Nacional (1974-1975) e da Comissão de Elaboração da Lei de Imprensa de 1975, designada pelo II Governo Provisório. Integrou o Conselho de Imprensa (1975 e 1985-1988), os Conselhos de Informação para a Imprensa (1977-1980), bem como o Conselho de Informação para a RDP (1980-1984). Fez parte de uma Comissão designada pelo Sindicato dos Jornalistas, em 1985, que elaborou um anteprojeto de Código Deontológico dos Jornalistas.
Cofundador do Instituto das Rádios Locais (1985) e da Associação de Telespectadores (1992).
Desempenhou funções de Secretário de Estado da Comunicação Social dos XIII e XIV Governos Constitucionais (1995-2002) e foi assessor da Associação Portuguesa de Radiodifusão, sendo membro do seu Conselho Geral entre outubro de 2009 e novembro de 2011. Desde então, desempenhou o cargo de vice-presidente do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Segurança Social.
Autor e coautor de diversos livros na área do direito da comunicação social, política de imprensa e liberdade de informação, e autor de inúmeros artigos sobre estes temas em publicações nacionais e internacionais. Desde outubro de 2009, integrou o Conselho Científico Europeu e Internacional da Revue Européene des Médias publicada pelo Institut de Recherche et d’Études sur la Communication.
35 unidades de instalação
Parcialmente tratado