Documentação referente à sua atividade como advogado de presos políticos durante o regime fascista. Avultam algumas peças de processos nos Tribunais Plenários e correspondência entre aquele advogado e os seus constituintes e autoridades policiais e governamentais.
Fundação Mário Soares e Maria BarrosoAdvogado, dramaturgo, crítico e historiador de teatro e escritor.
Luís Francisco Rebello nasceu em Lisboa, a 10 de setembro de 1924. Foi casado com a atriz Mariana Villar.
Licenciou-se na Faculdade de Direito de Lisboa em julho de 1946, e como advogado defendeu vários presos políticos durante o regime fascista em Tribunais Plenários.
Desde muito cedo frequentou os meios ligados ao teatro, travando conhecimento com vários artistas. Fundou e dirigiu, em 1946, juntamente com Gino Saviotti, o Teatro-Estúdio do Salitre. No ano seguinte, estreou-se como dramaturgo com a peça “Fábula em um Acto”. Escreveu e traduziu várias peças, tendo uma delas, “O Dia Seguinte” (1953), sido proibida pela Censura.
Em 1971, foi nomeado diretor do Teatro São Luiz, cargo de que se viria a demitir no ano seguinte por não concordar com as ingerências da Comissão de Censura.
Presidiu à Sociedade Portuguesa de Autores, entre 1973 e 2003, e foi vice-presidente da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores.
Em 1992 foi um dos fundadores, em conjunto com José Saramago, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues, da Frente Nacional para a Defesa da Cultura.
Para além das peças de teatro que escreveu, traduziu ou adaptou, publicou vários ensaios e estudos sobre o teatro. Colaborou em diversos jornais e revistas, entre eles a Colóquio-Letras, o Jornal de Letras, a Seara Nova e a Vértice. Dirigiu também o “Dicionário do Teatro Português”, publicado em fascículos.
Morreu em Lisboa, a 8 de dezembro de 2011.
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