A coleção Manuel Souto Teixeira é constituída por documentação relacionada com a oposição ao regime do Estado Novo, sendo possível encontrar documentos ilustrativos da atuação de várias organizações clandestinas opositoras ao regime, com particular incidência no Partido Comunista Português (PCP), mas também de outras que funcionaram de modo legal ou semilegal ao longo das décadas de 1940 a 1970, tais como o Movimento de Unidade Democrática (MUD) ou a oposição democrática. O acervo contém ainda imprensa oposicionista e operária, possuindo diversos títulos, de que são exemplo periódicos como A Terra, o Avante!, O Camponês, O Corticeiro, O Militante ou O Têxtil, entre outros.
Fundação Mário Soares e Maria BarrosoMédico, dirigente da CDE.
Manuel Souto Teixeira nasceu em Lisboa, em dezembro de 1936.
Enquanto estudante de Medicina integrou-se nas lutas académicas contra o regime fascista tendo aderido ao Partido Comunista Português (PCP) em 1958, durante o período de grande agitação política que envolveu as campanhas eleitorais de Arlindo Vicente e sua posterior fusão com a de Humberto Delgado. Fez parte da Comissão de Estudantes de apoio àquelas candidaturas.
No período de intensa repressão que se seguiu, e na eminência de ser preso, interrompeu o curso e antecipou o seu ingresso nas Forças Armadas. Acabou por ser mobilizado para Angola, onde permaneceu de 1962 a 1964 e, só depois de voltar, concluiu o curso de Medicina.
A partir de 1966, e até à revolução do 25 de Abril de 1974, foi dirigente do principal movimento oposicionista ao Estado Novo, a Comissão Democrática Eleitoral (CDE).
Fez a sua carreira profissional quase sempre no Hospital dos Capuchos em Lisboa, tendo-se aposentado, como diretor clínico, em 2003. Integrou os corpos gerentes do Sindicato dos Médicos da Região Sul até 2008.
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