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Info

João Bénard da Costa
A coleção documental de João Bénard da Costa é constituída por dois grandes núcleos, respetivamente relativos à revista O Tempo e o Modo e às atividades da Comissão Portuguesa da Associação Internacional para a Liberdade da Cultura.

Instituição
Fundação Mário Soares e Maria Barroso

Nota biográfica/Institucional
Escritor, professor e intelectual.
João Pedro Bénard da Costa nasceu em Lisboa, a 7 de fevereiro de 1935. Filho de João Pedro da Costa e de Maria Margarida Bénard.
Foi um escritor, professor e intelectual português, sendo a sua faceta pública mais conhecida a da cinefilia.
Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1959, desde cedo se ligou aos círculos oposicionistas católicos (presidiu à Juventude Universitária Católica entre 1957 e 1958), o que lhe valeu o impedimento de lecionar na Universidade, tendo sido professor no Seminário Menor de Almada e no Externato Frei Luís de Sousa, até 1965, e, já em Lisboa, no Liceu Nacional de Camões e no Colégio Moderno.
Foi um dos fundadores da revista O Tempo e o Modo (1963), de que chega a ser diretor, até 1970, importante publicação que agrega em seu torno, numa primeira fase, uma série de intelectuais católicos críticos do salazarismo, e que se vai aproximando progressivamente da esquerda, desvinculando-se Bénard da Costa da igreja católica em pleno Maio de 1968.
Entre 1966 e 1974, foi secretário executivo da Comissão Portuguesa da Associação Internacional para a Liberdade da Cultura. Paralelamente, no início dos anos 70, dirigiu o Centro Nacional de Cultura.
A paixão pela sétima arte atravessou todas as fases da sua vida, tendo estado ligado desde cedo ao movimento cineclubista. Colaborador do Centro de Investigação pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian, e mais tarde coordenador do Sector de Cinema do Serviço de Belas-Artes, entre 1969 a 1971, acabou por voltar ao ensino, em 1973, mas agora na Escola Superior de Cinema do Conservatório Nacional, lecionando História do Cinema, até 1980. Foi então nomeado subdiretor da Cinemateca Portuguesa, vindo a ser seu diretor entre 1991 e 2009.
Paralelamente, sob o pseudónimo de Duarte de Almeida, participou como ator em inúmeros filmes, principalmente do realizador Manoel de Oliveira, desenvolvendo igualmente atividade no campo da escrita, destacando-se diversas monografias sobre realizadores - Alfred Hitchcock (1982), Luis Buñuel (1982), Fritz Lang (1983), John Ford (1983), Josef Von Sternberg (1984), Nicholas Ray (1984) e Howard Hawks (1988) – e os livros "Musical" (1987), "Os Filmes da Minha Vida" (1990), "Histórias do Cinema Português" (1991), "Muito Lá de Casa" (1993) e "O Cinema Português Nunca Existiu" (1996).
Em 1990 foi galardoado com a Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República Mário Soares. Em 1997, Jorge Sampaio, nomeou-o presidente da Comissão do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades. E em 2001 foi galardoado com o Prémio Pessoa.
Morreu em Lisboa, a 21 de maio de 2009.

Dimensão
39 unidades de instalação

Estado de Tratamento
Parcialmente tratado