O arquivo João do Carmo Miranda de Oliveira contém diários, apontamentos, correspondência e outros documentos oficiais relacionados com o percurso da deportação de João do Carmo Miranda de Oliveira, decorrente da sua participação nas tentativas de golpe contra a ditadura militar de 3 e 7 de fevereiro de 1927 e de 20 de julho de 1928.
Estes documentos constituem uma importante fonte para o estudo do Reviralhismo, entre os quais se destaca o manuscrito "Diário de um Preso Político" e um conjunto de apontamentos que dão conta do quotidiano de Miranda de Oliveira na Cadeia do Aljube e posterior deportação para os Açores, onde passou pelas ilhas do Faial, Graciosa, Terceira e Flores, e posteriormente para Cabo Verde, na Ilha de São Nicolau e Campo de Concentração do Tarrafal.
Fundação Mário Soares e Maria BarrosoNasceu em Barcelos. Filho de João José de Oliveira e de Maria do Carmo de Miranda de Oliveira.
Participou ativamente em diversas tentativas de golpe contra a ditadura militar, nomeadamente nas revoltas de 3 e 7 de fevereiro de 1927 e de 20 de julho de 1928, que resultaram em sucessivas prisões.
Em 1929, após vários meses de detenção na Cadeia do Aljube, foi-lhe fixada residência em Ponta Delgada, nos Açores, onde chegou em 12 de dezembro de 1929. Ainda tentou a fuga, mas foi recapturado e pouco depois enviado para Santa Cruz na Ilha da Graciosa.
Em fevereiro de 1931 foi transferido para a Fortaleza de São Baptista, em Angra do Heroísmo, onde esteve até final do mês seguinte, sendo então transferido para a ilha das Flores.
Em maio foi novamente transferido, desta vez para a Horta, na ilha do Faial, e, no mês seguinte, embarcou no navio Pedro Gomes, com destino a Cabo Verde, onde passou primeiro pela prisão da Ilha de São Nicolau e, depois, pelo Campo de Concentração do Tarrafal.
Em 1933 regressou a Lisboa, a bordo do paquete Luanda.
1 unidade de instalação
Integralmente tratado