Coleção do jornal O Diabo, publicado entre 1934 e 1940.
Fundação Mário Soares e Maria BarrosoO jornal O Diabo foi fundado em 2 de junho de 1934, sob a direção de Artur Inês.
Foi depois sucessivamente dirigido por João Antunes de Carvalho, Ferreira de Castro, Rodrigues Lapa, Brás Burity, Adolfo Barbosa, Guilherme Morgado e Manuel Campos Lima.
De cariz essencialmente artístico e literário, incluiu também rubricas de política, economia, cinema, e mostrou-se ainda aberto à ciência. Assumiu-se gradualmente em oposição às doutrinas da revista Presença, dando lugar, nas suas páginas, ao crescente movimento neorrealista.
Nas suas páginas colaboraram autores das mais diversas ideologias, como Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António José Saraiva, António Sardinha, António Sérgio, Aquilino Ribeiro, Bento de Jesus Caraça, Brito Camacho, Câmara Reys, Castelo Branco Chaves, Diogo de Macedo, Fernando Lopes Graça, Fernando Namora, Fernando Piteira Santos, Irene Lisboa, Jaime Brasil, João de Barros, João Gaspar Simões, João José Cochofel, José Rodrigues Miguéis, Manuel da Fonseca, Mário Dionísio, Rolão Preto, Stuart Carvalhais, Teixeira Gomes, Vasco Magalhães-Vilhena, Vitorino Magalhães Godinho ou Vitorino Nemésio.
O facto de nele colaborarem intelectuais herdeiros dos ideais republicanos, homens de esquerda e também a abertura a autores do campo marxista, imprimiu ao jornal um carácter de opositor ao regime, que veio a ditar o encerramento pela Censura em 21 de dezembro de 1940.
Integralmente tratado