O Arquivo Histórico do Partido Socialista (AHPS) é composto por documentação produzida e recebida pelo Partido Socialista (PS) no âmbito da sua atividade. Abrange documentos anteriores à fundação do PS, produzidos pela Acção Socialista Portuguesa, entre 1968 e 1973.
O arquivo integra uma importante coleção de imprensa, designadamente do jornal Portugal Socialista, órgão informativo do PS, num período que se estende de 1974 a 2013, e alguns números do Jornal do Caso República (1975).
Inclui, igualmente, uma extensa coleção fotográfica, até ao momento constituída por 11160 provas fotográficas identificadas, produzidas no âmbito da atividade redatorial dos órgãos de imprensa do PS, nomeadamente Portugal Socialista (1974-2013) e Acção Socialista Portuguesa (1978-), e de outros periódicos ligados ao partido, como o República (1972-1976) e a Luta (1975-1979). Uma parte substancial da coleção documenta a atividade do PS, através dos seus diferentes órgãos, na cena política nacional e internacional, com registos de cimeiras, conferências de imprensa, manifestações, comícios, congressos, tomadas de posse, convenções, eleições, aniversários do PS. sessões de esclarecimento, encontros, "reentrées". Os registos fotográficos ilustram, entre outros, eventos com a fundação do PS, o 25 de Abril, 1º de maio de 1974 e 1975, 11 de Março, 25 de Novembro, assim como de personalidades relevantes do panorama político nacional e internacional.
O Arquivo Histórico do Partido Socialista (AHPS) foi criado para proceder à identificação, recolha, tratamento e preservação do património documental produzido e acumulado pelo Partido Socialista (PS) no exercício da sua atividade.
Fundado em 19 de abril de 1973, na cidade alemã de Bad Münstereifel, na sequência da aprovação da transformação da Acção Socialista Portuguesa (ASP) em partido político, o PS desenvolveu a sua atividade na clandestinidade até 1974.
No período imediatamente seguinte à revolução de 25 de abril de 1974, o PS assumiu protagonismo na cena política portuguesa, com diversas personalidades socialistas a integrarem os vários governos provisórios, assim como pela vitória eleitoral obtida nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975.
As primeiras eleições para a Assembleia da República, em 25 de abril de 1976, deram a vitória ao PS, situação que se repetiria nas primeiras eleições autárquicas realizadas em período constitucional, em dezembro de 1976.
Após o derrube do I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, PS e CDS coligaram-se num executivo que se manteve em funções até agosto de 1978.
Entre 1980 e 1983, a atividade do PS foi marcada pela oposição aos sucessivos governos da AD, uma coligação entre o PSD, o CDS e o PPM.
Nas eleições legislativas de 1983 o PS conquistou uma maioria simples, e após consulta aos seus militantes, foi formado um governo de coligação com o PSD, que ficou apelidado de “Bloco Central”. Este governo, o IX do período constitucional, chefiado por Mário Soares, durou até 1985, sendo durante a sua vigência que se preparou a entrada de Portugal na CEE.
Na sequência de desentendimentos entre ambos os partidos, o Bloco Central entrou em rutura e o PSD venceu as eleições legislativas de outubro de 1985. O seu novo líder, Cavaco Silva, foi chamado a formar governo, renovando a sua vitória, por maioria absoluta, em 1987 e 1991.
O PS regressou ao governo em 1995, sob a liderança de António Guterres, que também venceu as eleições legislativas de 1999. Após a renúncia de Guterres, na sequência da derrota do PS nas eleições autárquicas de dezembro de 2001, o PSD voltou a sair vitorioso nas eleições seguintes.
O PS voltou a formar executivo em 2005, liderado por José Sócrates, que governou com maioria absoluta, sendo a primeira vez que tal aconteceu desde o 25 de Abril. Sócrates foi reconduzido em 2009, embora sem maioria absoluta. A grave crise económica que entretanto se instalou, ditou a sua demissão em 2011, na sequência da rejeição no parlamento do Plano de Estabilidade e Crescimento, designado de PEC IV.
As eleições legislativas de 5 de julho de 2011, acabaram por ser vencidas pelo PSD de Pedro Passos Coelho. Em outubro de 2015, António Costa, secretário-geral do PS, ascendeu ao cargo de primeiro-ministro, através de um acordo de incidência parlamentar com o Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, mantendo-se nesse cargo até março de 2024.
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